Eduardo Poulain




‘’Meu Deus, a que ponto venho suplicar a minha perda. Tenho que abdicar do meu eu pra ser supostamente feliz, esconder, matar, sei lá, os meus sentimentos. Porque uma pessoa que tem sentimentos é destruída instantaneamente e brutalmente nas mãos das más pessoas. Porque eu tenho que desacreditar que a vida é boa só porque existem pessoas más? Elas têm esse direito de arrancar de mim o meu eu? Forçando-me a ser como elas, más, ríspidas, insensíveis, uma máscara?Meu Deus, não era pra ser assim, não era. Porque não posso me assumir fraco, vulnerável em situações de agonia?Sempre mantendo a porra do sorriso falso nos lábios?E a insegurança, que tem?É essa a graça? Foi pra isso que evoluímos tanto?Pra viver em meio a um grande teatro, onde todos assumem um papel cabível e aceitável pela sociedade?’’

Nós somos o que tememos, somos os nossos segredos. Ninguém sabe do que precisa até encontrar.


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