Eduardo Poulain


Catando e selecionando as dores, sim, dores eu tenho o luxo de escolher com qual ficar. São tantas! Lembro bem de como consegui cada cicatriz, cada história e como me tornei mais forte ao longo do tempo, como uma construção, uma casa, um amontoado de gritos abafados, um muro, no qual tornou o comodismo fixado no peito, e a satisfação com o normal.

É assim que tenho que viver mais 60 anos?Essa vida penosa, fedida e sem expectativa demelhora? Onde só somos castigados, mastigados, por um bicho que nem sabemos de onde vem, um sacrifício em vão, porque tudo se acaba acabando, só o fim nos resta, e que graça teve viver e colecionar tristezas, comparar o álbum demomentos felizes e tristes, pra chegar a conclusão que não fomos felizes e nem fizemos o bastante? Onde o destino nos prega peças de mau gosto?Que maldito! E mais uma vez se sentir angustiado e querer fazer diferente? Eu não acredito mais em destino. Não, não era pra ser assim.'

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