Eduardo Poulain



Sim, eu acordei. Para tudo que você me deixou mal feito e mal amado. Tinha até um fim tracejado "------" contra a minha vontade de querer ter mais e mais do que parecia não vir sempre, mas vinha confuso e quente. Um fim que eu cuidei de preencher minuciosamente em linhas fortes e brutas com gosto de sangue frio, de um tipo sanguíneo não pertencente meu. Daqueles que você se obriga a dizer "vou construir um rebanho de soldados pro meu castelo de areia", por que a maré se veste malígna e se bate contra os nossos tímidos fios de emoções - não podem sair fora da mente/corpo/coração - causando repercussões imensamente grandiosas para aqueles que não seguram seus corações moços unicórnios.

Você protege seu pequeno prateado errante, mas nem sempre obediente ele segue a guia dos espertos. Ele cai na beirada burra do coração, do sentimento, do desejo, do afago, desse tipo de estupidez que se vive a dois, num cantinho reservado do mundo. Então eu acordei de novo e vi meus traços apagados, borrados com um tipo de água que se serve pra agoar vida. Ou para rechear aquela dorzinha maior do mundo: bate bate coração. Esse silêncio é mais agressor que qualquer ritmo frenético de automóveis, camelôs e evangélicos. Agride os ouvidos da alma porque transgride o corpo em forma de desespero.

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