Eduardo Poulain


Hoje eu não senti tristeza, alegria, saudade, não sorri, nem pena consegui sentir. Hoje eu não existi. Eu não gosto disso, não gosto. O medo de ficar trancado fora, me prende aqui dentro. Eu olho a rua da janela de madeira preta, torturado por olhares livres e sem medo, que acenam como se notassem os meus olhos desbotados e uma pele sem cor. Como pratos grandes e fartos dessa recompensa que é a solidão que me acomete. Merda, isso não é difícil, nem doloroso, nem lamentoso... Indiferente, sem amor, sem culpa...
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