Eduardo Poulain

O coração transbordava de lágrimas frescas, ao mesmo tempo em que o sorriso sempre tomou conta da face. Transbordei felicidade, de todas as formas doentias possíveis, dessas que só um humano que ama é capaz de fazer. Chover amor, por assim dizer. E ele me amava. Não como eu, mas me amava. Um amor chocho, despreocupado e natural, tal como o respirar. Sem pieguices, sem necessidades. Amar por amar, apenas. E mesmo sendo mínimo perto do meu, descobri que podia viver tranquilamente, com aquilo. Amor assim, não sufoca. Mas sempre tive a certeza que acabaria. Por isso sempre me dissolvi antes, antes que com ele fosse uma parte de mim.

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