Eduardo Poulain

Estou chateado, o homem parece criança com lápis de cera, suja! Suja tudo: paredes, roupas, chão... Suja tudo, com crueldade. Eu não quero parecer com qualquer que seja, eu não sou assim. Eu sou criança direita, criança doente, doente de realidade, de coisas bonitas. Eu sofro, mas sofro de coisas boas, se é que existem. Sofro de amor, de amigos, de pai, mãe, sofro de filmes, sofro de livros, sofro com quem precisa, sofro pra depois sorrir. Gosto do silêncio. Quando estou só, me sinto próximo. Já neguei a minha sensibilidade, essa coisa a flor da pele, que me cutuca e diz quando chorar, sempre. Hoje agradeço, o mundo precisa de mais pessoas, patético, a maioria delas não precisam do mundo. Mas patético, é essa falsa esperança que tenho. Confuso!

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